quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017




Nome: O Menino de Ouro
Autora: Abigail Tarttelin
Editora: Globo Livros







        


Hey, aqui estou eu!
❤❤❤❤❤❤❤❤❤


Hoje eu vim falar desse livro MA-RA-VI-LHO-SO. Faz um tempinho que eu li e não é um livro tão conhecido, mas foi um dos únicos que me tocaram tão profundamente. É uma das minhas histórias preferidas, então com certeza esse vai pra listinha de recomendações 💕.

 A história se passa em torno de Max Walker, um garoto intersexual, uma condição rara em que o individuo nasce tendo parcial ou totalmente desenvolvidos ambos os órgãos sexuais, ou um predominando sobre o outro. Durante o decorrer da história a autora nos faz refletir muito, pois a forma com que ela expressa os sentimentos e pensamentos de Max faz com que o leitor se sinta na pele do personagem. É um livro que com certeza nos faz pensar sobre as nossas ações e opiniões, já que nos ensina muito sobre questões como o preconceito e a auto aceitação. Além de falar sobre o preconceito, Max também nos faz refletir sobre as relações entre pais e filhos e acaba desconstruindo aquela visão de que pais e mães são sempre perfeitos e sempre sabem tomar a decisão certa para seus filho. Essa é uma das partes mais intensas do livro, pois realmente nos faz questionar sobre o modo como, muitas vezes, endeusamos nossos pais quando eles são apenas seres humanos como todos nós. É um livro emocionante, que prende a atenção do inicio ao fim, daqueles que você sofre junto com o personagem e tem vontade de entrar no livro pra poder ajudar. Max é um menino apaixonante e que realmente nos ensina muito, muitas vezes enquanto lia eu senti vontade de guarda-lo num potinho, aposto que vocês também irão sentir o mesmo ❤. 

"Os médicos não sabem nada. Bem, isso é meio injusto. Vamos apenas dizer que o mundo é imprevisível. A ciência não é confiável. Ela não pode dizer quem você é, ou o que você quer, ou como vai se sentir. Todos esses pesquisadores estão enlouquecendo em seus laboratórios, tentando nos fazer caber nessas pequenas caixas para que possam justificar seu cargo, ou seu financiamento do governo, ou o trabalho de toda a sua vida. Eles podem teorizar e podem lhe dar um meio, médias e modos, mas é tudo suposição padronizada, oficializada pela arrogância. Você tem que se achar especial de verdade para pensar que pode desempenhar um papel na definição da identidade de um grupo de pessoas que não conhece, de seres humanos com um monte de merda complicada acontecendo em seu corpo. Eles ainda não sabem o que certas partes do nosso cérebro podem fazer: eles ainda não sabem como curar um simples resfriado; e afirmam saber sobre sexualidade, sobre sexo. Bem você não é um homem só porque gosta de futebol, e não é uma mulher só porque  se sente atraída por homens, e não deixa de ser mulher porque gosta de ser a unica que mete, e não deixa de ser um cara só porque gosta de receber ou porque as vezes chora em filmes bobos."
 Vocês que já leram, o que acharam? 
 Beijoosss!

xx 

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